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SUS passará a oferecer implante contraceptivo de longa duração a partir do segundo semestre

  • Foto do escritor: Portal Via Roraima
    Portal Via Roraima
  • 3 de jul.
  • 2 min de leitura

O Ministério da Saúde anunciou que o Sistema Único de Saúde (SUS) passará a oferecer, a partir do segundo semestre deste ano, o implante subdérmico contraceptivo liberador de etonogestrel, conhecido comercialmente como Implanon. O método é considerado altamente eficaz e tem duração de até três anos, representando um avanço significativo nas políticas de planejamento sexual e reprodutivo no país.


A decisão foi oficializada nesta quarta-feira (2) durante reunião da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec). De acordo com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a medida visa ampliar o acesso a métodos contraceptivos modernos e reduzir as taxas de gravidez não planejada no Brasil.


“Esse implante é muito mais eficaz que outros métodos para prevenir a gravidez não planejada. Essa decisão foi da Conitec, a pedido do Ministério da Saúde, e agora vamos orientar as equipes, fazer a compra e orientar as Unidades Básicas de Saúde de todo o Brasil para já no segundo semestre desse ano começar a utilizar no SUS”, explicou o ministro.


Atualmente comercializado por valores entre R$ 2 mil e R$ 4 mil, o Implanon será ofertado de forma gratuita pelo SUS. A previsão é de que 500 mil unidades sejam distribuídas ainda em 2025, totalizando 1,8 milhão até 2026. O investimento estimado para viabilizar a distribuição do novo método é de R$ 245 milhões.


A secretária de Atenção Primária à Saúde, Ana Luiza Caldas, destacou a importância da iniciativa como ferramenta de transformação social.


“Essa decisão chega como uma política pública para transformar vidas. É mais um método e representa um avanço nas ações de fortalecimento do planejamento sexual e reprodutivo no país, que deve ser ofertado a todas as pessoas pelo SUS”, afirmou.


Além de prevenir a gravidez não planejada, o acesso ampliado a métodos contraceptivos de longa duração também contribui para a redução da mortalidade materna — uma das metas do Brasil nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. O compromisso do Ministério da Saúde é reduzir em 25% a mortalidade materna geral e em 50% entre mulheres negras até 2027.


O implante subdérmico é inserido sob a pele do braço da paciente e libera gradualmente o hormônio etonogestrel, inibindo a ovulação. Sua principal vantagem é a alta eficácia aliada à praticidade: uma vez colocado, o dispositivo age continuamente por até três anos, sem a necessidade de manutenção. Após esse período, o implante deve ser removido e, caso desejado, pode ser substituído por um novo. A fertilidade é retomada normalmente após a retirada.


A distribuição do método pelo SUS será feita por meio das Unidades Básicas de Saúde (UBSs), com profissionais treinados para o procedimento. A ação faz parte da estratégia nacional de fortalecimento da atenção primária à saúde e do direito ao planejamento familiar.

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