Venezuela desafia Corte Internacional e mantém eleições em território disputado com a Guiana
- Portal Via Roraima
- 3 de mai.
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Nesta sexta-feira (2), a Venezuela afirmou que não acatará a decisão da Corte Internacional de Justiça (CIJ), órgão vinculado à Organização das Nações Unidas (ONU), que determinou a suspensão das eleições previstas para o dia 25 de maio no território de Essequibo, uma área rica em petróleo e alvo de disputa com a Guiana.
O governo de Caracas classificou a decisão como “abusiva e intervencionista”, reiterando que não reconhece a autoridade da CIJ no caso. A Guiana, por sua vez, recorreu à Corte ao considerar a convocação de eleições no território uma violação de sua soberania. A resposta da CIJ foi uma ordem para interromper qualquer ação eleitoral promovida pela Venezuela na região disputada.
Apesar da decisão judicial, o governo venezuelano reafirmou que considera Essequibo como parte irrenunciável de seu território nacional. Como base legal para essa reivindicação, Caracas cita o Acordo de Genebra, de 1966, assinado entre Venezuela, Reino Unido e Guiana (ainda colônia na época), como o único instrumento válido para solucionar o impasse.
A escalada de tensão reacende uma disputa histórica por Essequibo, uma região com cerca de 160 mil km², que representa mais de dois terços do território atual da Guiana. Além do peso geopolítico, a área ganhou ainda mais relevância nos últimos anos devido à descoberta de grandes reservas de petróleo offshore, exploradas por multinacionais.
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